quarta-feira, julho 16, 2008

Depoimento da Carol

Aconteceu nos dias 27 de junho a 02 de julho a primeira etapa do projeto Espia Só! Um projeto que tem à frente a Cia. Andante, sob a direção de Jô Fornari. Essa etapa consistiu na oficina intitulada Construção da Forma e do Movimento, ministrada pelos artistas Paulo Fontes e Eduardo Custódio, que compõem a Cia. Gente Falante. A oficina oportunizou uma conversa sobre essa vertente do teatro de animação que constitui-se mesmo num gênero dentro dessa linguagem, pois tem suas particularidades. A conversa também passou pela apresentação das possíveis origens desse teatro em miniatura. A formação orientou também alguns aspectos do trabalho do ator, oferecendo exercícios adequados às especificidades do ator-animador. Outro aspecto abordado foi o da construção de bonecos e formas em miniatura. O grupo teve uma orientação personalizada sobre o estudo de manipulação dos bonecos construídos no decorrer da oficina. Cada integrante da oficina levou consigo um lambe-lambe em processo, com material referente à construção, manipulação e dramaturgia da sua caixa. Esse projeto é de grande importância para o teatro de bonecos brasileiro, pois consiste numa ação pioneira na consolidação de uma linguagem pouco explorada dentro do teatro de animação. E isso, foi possível graças à iniciativa da Cia. Andante, ao envolvimento do grupo (que extrapolavam em muito o horário de trabalho de tão envolvidos!), à competência da produção do evento e à competência da Cia. Gente Falante, nas pessoas de duas criaturas extremamente competentes e humanas.
Carol Holanda - pesquisadora

domingo, julho 06, 2008

Construções Ìnfimas

Um mundo em miniatura Foram 05 dias intensos. Jornada de 45 horas que passaram como um espetáculo de lambe-lambe: num piscar de olhos. Total imersão no mundo da miniatura. Nossos dias tinham 12 horas de muita concentração, imagens, trocas, atividades manuais, cerebrais, conversas, risos, cafezinhos, alimentação coletiva. Só nos separávamos para dormir. E no dia seguinte, juntos novamente em busca do aperfeiçoamento dessa linguagem sedutora: o teatro lambe-lambe. A Cia. Gente Falante, generosamente, compartilhou cada detalhe técnico, sistematização de trabalho, conceitos. Fomos aquecidos por imagens de miniaturas de todo mundo e pelas danças circulares de Paulo Fontes e assim como num abraço, embarcamos num mundo de delicadeza, minuciosidade, recorte, lixamento, colagem, costura, alicate, espuma, poxipol... na construção da cena em pequena escala. Resultados mínimos no tamanho e máximo na surpresa, no espanto, no encanto. A miniatura nos arrebatou de forma gigante. Cada oficinante pode desenvolver a técnica que mais lhe interessava, construindo sua poética, descobrindo movimentos e criando uma seqüência de ações dramáticas. Construtor autônomo da sua obra. Assim, individualmente, todos tiveram a possibilidade de exercer todas as funções da criação de um espetáculo, sendo ao mesmo tempo artesão, roteirista, manipulador, diretor, cenógrafo, iluminador, dramaturgo. Característica específica dessa linguagem. Por fim, Paulo nos mostrou como fazer um mini-refletor para caixas lambe-lambe. Impressionante! Parece brinquedo, mas funciona tanto como um de tamanho natural. O teatro lambe-lambe nos dá o privilégio de termos nosso próprio espaço cênico, com ator, técnico, iluminação, etc., independente e itinerante, que podemos carregar em nossas nas mãos.
Jô Fornari
Alguns resultados... Miniaturas em processo...
" A inversão da perspectiva da grandeza , ativa valores profundos". Bachelard
" É preciso ultrapassar a lógica para viver o que há de grande no pequeno". Bachelard

quarta-feira, julho 02, 2008

OFICINA DE MINIATURIZAÇÃO

Assim começamos... Manipulação de boneco humano Primeiros contatos com objetos Momentos mínimos... Participaram desse encontro: Alex Nascimento, Carol Holanda, Guilherme Peixoto, Jô Fornari, Luis Melo, Marcelo de Souza, Monica Longo, Odessa, Roberto Gorgatti, Sandra Knoll Oficineiros: Paulo Fontes e Eduardo Custódio